Preparação do Teste Intermédio: Unidade 1
Postado por Pedro Mota.
UNIDADE 1

Heterotróficos são organismos que obtêm matéria orgânica e não orgânica a partir do seu meio exterior, alimentando-se de outros organismos ou de produtos sintetizados por outros organismos e fazem-no por ingestão, absorção e digestão.

Por ingestão, os seres vivos obtêm alimento a partir do meio externo e introduzem-no no organismo. A digestão transforma as moléculas complexas do alimento em moléculas simples. A absorção é a passagem das moléculas simples do meio externo para o meio interno. Nos seres vivos unicelulares, a absorção de substâncias simples ocorre directamente através da membrana celular. Nos pluricelulares as moléculas complexas sofrem digestão, sendo transformadas em moléculas simples capazes de serem absorvidas para o meio interno. Nas células, os nutrientes são utilizados como fonte de energia e na síntese de biomoléculas.

Existe um movimento de substâncias através da membrana plasmática (separa a célula do seu meio envolvente e controla o movimento de substâncias). Ela tem permeabilidade selectiva, ou seja, deixa-se atravessar facilmente por determinadas substâncias e dificulta ou impede a passagem de outras.

Segundo o modelo do mosaico fluido (Singer e Nicholson, 1972), a membrana citoplasmática é constituída por:

§ Bicamada fosfolipídica

§ Proteínas (inserem-se na camada fosfolipídica. Podem ser proteínas integradas ou proteínas periféricas)

§ Colesterol (Localiza-se entre as moléculas de fosfolípidos, nas membranas das células animais.)

§ Glicoproteínas e glicolípidos (restritos à face externa da membrana).

Segundo este modelo, a membrana citoplasmática é uma estrutura fluida na qual as moléculas não ocupam posições rígidas. Os fosfolípidos e as proteínas podem ter movimentos de difusão lateral, no plano da membrana.

O movimento da água através da membrana citoplasmática provoca variações de volume das células quando são colocadas num meio com diferente concentração de soluto:

Meio hipotónico: movimento da água para dentro da célula à turgescência

Meio hipertónico: movimento da água para fora da célula à plasmólise

Em meio fortemente hipotónico pode ocorrer lise celular. As células vegetais sofrem alterações no tamanho dos vacúolos. A presença de parede celular impede a lise em meio hipotónico.

Quando a concentração de soluto dos dois lados da membrana se iguala, os meios tornam-se isotónicos.

Endocitose
Transporte de macromoléculas ou partículas, do exterior para o interior da célula, em vesículas formadas pela membrana citoplasmática.


Exocitose
Secreção de macromoléculas para o meio extracelular em vesículas que se fundem com a membrana citoplasmática


Fagocitose
Partículas de grandes dimensões são captadas pela emissão de pseudópodes.


Pinocitose
Captação pela célula de fluido extracelular, com solutos dissolvidos.


A ingestão consiste na introdução de alimentos no organismo.

A digestão é o processo de transformação de moléculas complexas dos alimentos em moléculas mais simples e ocorre em compartimentos especializados, no interior ou no exterior da célula.

§ Digestão intracelular à ocorre em vacúolos digestivos, que resultam da fusão de vesículas endocíticas com lisossomas. O alimento é captado por fagocitose ou pinocitose.

§ Digestão extracelular à ocorre fora das células, em compartimentos que fazem parte do meio externo. Processa-se em tubos digestivos incompletos (com uma única abertura) ou em tubos digestivos completos (com duas aberturas).

A absorção é o processo de passagem das substâncias resultantes da digestão para o meio interno.

Os seres autotróficos sintetizam matéria orgânica, recorrendo para isso a diferentes fontes de energia. A maioria produz matéria orgânica a partir de matéria mineral, por um processo que utiliza como fonte de energia o Sol – fotossíntese (via biossintética pela qual se obtém a maior quantidade de matéria orgânica a partir da matéria mineral. Os seres fotossintéticos captam do meio água e dióxido de Carbono. A partir destas substâncias sintetizam matéria orgânica graças à energia luminosa). Os organismos que realizam este processo designam-se por seres autotróficos fotossintéticos ou fotoautotróficos, de que são exemplo as plantas, as cianobactérias e as algas.

Contudo, existem alguns seres autotróficos que, em vez de energia luminosa, utilizam a energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos (como a amónia, enxofre e ferro…) para a síntese de matéria orgânica a partir de matéria inorgânica. Estes seres designam-se por seres autotróficos quimiossintéticos ou quimiautotróficos e o processe que realizam é o denominado quimiossíntese. Todos os seres quimiautotróficos são bactérias.

A energia luminosa ou energia química dos compostos orgânicos não pode ser utilizada directamente pela célula. Parte dessa energia é transferida para uma fonte de energia química que é directamente utilizável, designada por ATP (adenosina trifosfato). São a forma comum de circulação de energia na célula.

A luz é uma forma de energia electromagnética. A energia luminosa é captada por pigmentos fotossintéticos (clorofilas (a, b, c, d), carotenóides (carotenos (laranja), xantofilas (amarela))) que se encontram nos cloroplastos.

Quando os pigmentos fotossintéticos absorvem luz, os seus electrões passam para níveis de energia superiores e são cedidos a moléculas aceptoras. Ocorrem reacções oxidação-redução.

A fotossíntese compreende duas fases:

1. Fase fotoquímica, a fase 1, em que a energia luminosa é captada e utilizada para produzir ATP. É preciso água e liberta-se oxigénio para o exterior. Produz-se também NADPH+H+. Ocorre nos tilacóides. Primeiro acontece a fotólise da água (em presença da luz há a dissociação da molécula da água em oxigénio, que se liberta, e em hidrogénio. A água é o dador primário de electrões), e depois a oxidação da clorofila a que fica excitada pela energia luminosa emitindo electrões. O fluxo de electrões através de cadeias de transportadores, ao longo dos quais o nível energético dos electrões vai baixando, permitindo a fotofosforilação do ADP devido às transferências de energia que ocorrem nas reacções de oxirredução. E por fim acontece a redução do NADP+ pela junção de protões provenientes da fotólise da água com os electrões do fluxo da cadeia de transportadores dando origem ao NADPH.

2. Fase química, correspondente ao ciclo de Calvin. Esta fase não depende da luz, o ATP formado e o hidrogénio proveniente da dissociação da água são utilizados para converter o dióxido de carbono absorvido em compostos orgânicos como a glicose. Inicia-se pela combinação de dióxido de carbono com um composto de 5átomos de carbono, a ribulose difosfato, originando um composto instável com 6 átomos de carbono. Este composto desdobra-se imediatamente em duas moléculas de ácido fosfoglicérico (PGA), com 3 átomos de carbono cada uma. O composto formado é fosforilado pel ATP e reduzido pelo NADPH, dando origem a um composto, o aldeído fosfoglicérico (PGAL), igualment com 3 átomos de carbono, o qual vai seguir dois caminhos diferentes: uma parte vai intervir na regeneração do composto com 5 carbonos, ribulose difosfato (RuDP); o resto é utilizado para diversas sínteses no estroma como a síntese de glicose. Produtos finais: glicose, RuDP, NADP+, ADP+P. Ocorre no estroma pois é ai que se encontram as enzimas catalisadoras.

12 H2O + 6 CO2 à C6H12O6 + O2 + 6 H2O

Clorofilas (a,b,c,d) dão a cor verde, carotenóides xantofilas dão a cor amarela e os carotenóides carotenos dão a cor vermelha.

A cor que nós vemos, é o comprimento de onda reflectido. Todos os outros comprimentos de onda são absorvidos.

Estes pigmentos encontram-se nos tilacóides, parte da membrana interna do cloroplasto. Estes tilacóides estão mergulhados no estroma, material amorfo parecido ao citoplasma.

Um conjunto de tilacóides é um granum e um conjunto de granuns chama-se grana.

O CO2 necessário para se realizar a fotossíntese entra pelo estoma.

A quimiossíntese também compreende duas fases:

1. 1º Etapa – oxidação de substratos minerais com formação de ATP e NADPH.

2. 2º Etapa – redução do dióxido de carbono, à custa do NADPH e ATP produzidos na 1º etapa, e formação de compostos orgânicos
.

Etiquetas: