Diário de Aula #54 - Zonas Litorais
Postado por Pedro Mota.
As zonas litorais constituem um valioso recurso natural, insubstituível e não-renovável, do qual o Homem obtém, por exemplo, alimentos e recursos minerais, para além de serem importantes locais de lazer e turismo.

O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e constantemente drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas 10% dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente produzidos pelo próprio mar. A observação das linhas de costa permite apreciar o trabalho do mar sobre o litoral e formas de acumulação de sedimentos. Nas regiões costeiras, onde as massa rochosas, estratificadas ou não, penetram na água com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação de escarpados. Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se ou, por outro lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem regiões interiormente emersas.

Na linha de costa, existe sempre uma interacção de forças destrutivas, resultado da meteorização, erosão e, por outro lado, acções construtivas, por acumulação de detritos.

A linha de costa estabelece a transição entre os meios continentais e oceânicos.

No entanto, estas zonas não são estáticas, mas muito dinâmicas. O litoral evolui, algumas formas modificam-se, mudam de posição, e outras aparecem e desaparecem. Actualmente, a dinâmica da faixa litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos naturais e antrópicos.

De entre os fenómenos naturais, aos quais o homem é completamente alheio e que, de uma maneira geral, não pode contrariar, anular ou modificar, destacam-se:

- alternância entre regressões e transgressões marinhas, como a subida e a descida do nível médio da água do mar;
- existência de correntes marinhas litorais variadas que, ao provocarem a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos, condicionam a morfologia da costa.

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