Diário de Aula #70 - Rochas Sedimentares - Reconstituição da História da Terra
Postado por Pedro Mota.
As rochas sedimentares são, normalmente, estratificadas e contêm a maioria dos fósseis.
A Estratificação é a estrutura mais comum das rochas sedimentares e resulta da deposição de sedimentos, por acção da gravidade. À sucessão de estratos atribui-se a designação de sequência estratigráfica.
A estratificação reflecte as alterações que ocorreram na Terra e os fósseis contam a história da evolução da vida e dão informações acerca dos ambientes do passado (paleoambientes).
Nas juntas de estratificação, ocorrem frequentemente marcas que testemunham a existência de pausas ou de interrupções na sedimentação:

Marcas de ondulação (ripple marks) – as marcas de ondulação que se observam em praias actuais aparecem preservadas em alguns arenitos antigos, dando-nos informação sobre o ambiente sedimentar em que a rocha se gerou, sobre a posição original das camadas e sobre a direcção das correntes que as produziram.

Fendas de dessecação ou fendas de retracção – estas fendas, que frequentemente se observam em terrenos argilosos actuais, aparecem muitas vezes conservadas em rochas antigas.

Marcas das gotas da chuva – muitas vezes patentes em rochas antigas, com aspecto idêntico ao que acontece na actualidade.


Pegadas, pistas de reptação, fezes fossilizadas – fornecem informações sobre ambientes sedimentares do passado e sobre hábitos dos animais, tipos de alimentação, etc.

Todas estas características tornam as rochas sedimentares fundamentais na reconstituição da História da Terra, aplicando o princípio das causas actuais ou princípio do actualismo. Segundo este princípio pode-se explicar o passado a partir do que observa actualmente, ou seja, as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente.

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